Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Regnellidium diphyllum Lindm. VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 08-05-2012

Criterio: D2

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie tem hábito aquático em corpos de água rasos, ocorre no Estado do Rio Grande do Sul e, possivelmente, em Santa Catarina, em Formações Campestres e Florestas de Restinga. Tem cinco subpopulações conhecidas que foram consideradas situações de ameaça. Considerando o declínio da qualidade do hábitat decorrente da constante modificação ambiental das zonas úmidas pelo homem, que caso não sejam controladas podem vir a elevar a espécie para uma categoria de maior risco em futuro próximo, R. diphyllum foi categorizada como "Vulnerável" (VU).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Regnellidium diphyllum Lindm.;

Família: Marsileaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Dados populacionais

No Estado do Rio Grande do Sul foram coletadas amostras de três subpopulações e monitoradas mais duas subpopulações, totalizando o conhecimento de cinco subpopulações (Silva Junior; Gregório, 2001)

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Windisch, 2012).As coletas feitas por Silva Junior; Gregório (2001) foram em altitudes de até 250 m.

Ecologia

A espécie é aquática, semiaquático ou terrestre, crescendo sobre o solo submerso ou humoso. É encontrada em banhados rasos e suas margens (Sehnem, 1979). Assim, a espécie apresenta adaptações aos ambientes aquático e terrestre.O período de produção dos esporocarpos é de setembro até abril, não sendo observado nos meses de inverno. A espécie apresenta indivíduos menores quanto mais seco for o ambiente terrestre. Os indivíduos pequenos e que se encontram no ambiente terrestre geralmente crescem sob vegetação composta por gramíneas e ciperáceas. Em geral esses ambientes são margens de banhados (Silva Junior; Gregório, 2002)Segundo Mahlberg; Baldwin (1975) a espécie tem megásporos com capacidade de dar origem a esporófitos na ausência de micrósporos, através de apogamia. Assim os mesmos autores afirmam que possivelmente os esporófitos estudados podem ter sido originados partenogeneticamente. Um provável fator inibidor de desenvolvimento da espécie é a elevada concentração de sais das soluções nutritivas de Knopp e Meyer (Vianna, 1974)

Ameaças

1.2.2 Change of management regime
Detalhes A constante modificação ambiental causadas pelo homem nas zonas úmidas, seja nos aspectos físicos e químicos, bem como a drenagem ou soterramento de corpos dágua, é uma ameaça para a espécie que tem hábito aquático em corpos de água rasos (Silva-Junior, 2004)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002)

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de dados" (DD), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2. "Vulnerável" (VU), segundo a revisão da Lista vermelha da flora do Brasil (Biodiversitas, 2005).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre na Estação Ecológica do Taim (CNCFlora, 2011)

Referências

- ATHAYDE FILHO, F. P.; WINDISCH, P. G. Florística e aspectos ecológicos das pteridófitas em uma floresta de restinga no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, v. 61, n. 1-2, p. 63-71, 2006.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E. Marsileaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- WINDISCH, P. G. Marsileaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091500>.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- SEHNEM, A.REITZ, R. Marsileáceas. 1979. 8 p.

- VIANNA, E. C. Nota sobre o desenvolvimento de Regnellidium diphyllum Lindm. (Marsileaceae). Iheringia, v. 19, p. 25-30, 1974.

- LABOURIAU, L. G. Regnellidium diphyllum Lindm., a lactescent fern. Revista Brasileira de Biologia, v. 12, n. 2, p. 181-183, 1952.

- SILVA JUNIOR, A.; GREGÓRIO, P. L. F. Estudo da Biologia de Regnellidium diphyillum Lindm. (Pteridophyta - Marsileaceae). Fundunesp, 2002.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Regnellidium diphyllum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Regnellidium diphyllum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 08/05/2012 - 14:02:01